segunda-feira, 19 de setembro de 2011















Frentão ou Torre de Babel?






Quem ouviu o pronunciamento da turma dos ex-prefeitos e vereadores da oposição, com a participação do ex-presidente da Câmara de Araripina, Leonardo Farias, ficou mais confuso que antes da entrevista, sabe por quê?


Porque ampliou o número de pretensos candidatos e, pelo visto, cada um falando o seu próprio idioma, como deixou bem claro o vereador Leonardo: "não tenho magoas de Lula Sampaio, quero apenas o espaço de uma candidatura a prefeito e lá não teria condições por que é legitimo o direito dele de disputar a reeleição".


No geral, ficou claro que a entrevista serviu apenas para inflamar ainda mais a desmedida fogueira da vaidade, acontecendo inclusive questionamentos quanto ao direito de disputa e aos critérios, momento que o contraditório Bringel pergunta por que não pode ser um dos antigos, citando Dr.Pedro, Walmy Lacerda pai e para entornar o caldo, ele próprio.

Pelas reações nos sites de relacionamentos da internet, os comentários de rua e a avaliação de alguns estudiosos da política local, o frentão perdeu força neste manifesto e demonstrou fragilidade, com a providencial viagem de uma liderança expressiva, o ex-prefeito Valdeir Batista, ao que tudo indica, desconfiado das raposas que lhe cercam.


Nesta semana, o prefeito vai também para a rádio, mas segundo a sua assessoria, não vai tratar de política partidária e sim fazer um relato do encontro com o deputado Wolney Queiroz e o governador Eduardo Campos, que por sinal não perde a oportunidade de demonstrar apreço e admiração por seu companheiro Lula Sampaio ante a sua capacidade de reação administrativa e por consequência, crescimento no índice de aprovação popular.













Depois de muita conversa, especulações e disse me disse, o bloco de oposição que se autodenomina ‘Frentão’, ao que tudo indica, efetivamente inicia o processo de montagem de sua chapa para 2012. Sob a égide de uma prática antiga, que é o cambalacho (troca de apoio político por cargos), o conchavo oposicionista chegou ao nome da médica Socorro Pimentel para encabeçar a chapa e no posto de vice o também neopositor Leonardo Farias.


No sentido de contemplar a todos os integrantes da oposição, ficou acordado que Raimundo Pimentel será o candidato a deputado federal, Emanuel Bringel a deputado estadual, o atual vice-prefeito Alexandre Arraes teria apoio para uma candidatura a vereador e para o médico Valmir Filho restaria a secretária de saúde, em caso de vitória do grupo de oposição. O fato a se estranhar é a ausência do ex-prefeito Valdeir Batista na divisão. Embora membros do ‘Frentão’ há poucos dias terem afirmado que a definição dos nomes só sairia no ano que vem, o processo teve que ser acelerado em virtude das pesquisas internas, que apontam largo crescimento rumo a sua reeleição. Os oposicionistas acreditavam que o Prefeito estava desgastado e sem condições de ser competitivo na disputa, por isso a calma para a escolha dos nomes. Uma vez constatada a respeitável densidade eleitoral de Lula Sampaio, precisaram apressar a formação do bloco.Uma questão fica bem nítida é a habilidade do deputado Raimundo Pimentel no xadrez da estratégia política. Foi bem sucedido na briga interna pelos cargos e ficou com a maior e mais saborosa fatia do bolo: terá sua esposa como candidata a prefeita e será candidato a deputado federal. De acordo com nossas fontes, Pimentel foi e é o principal articulador desse frente oposicionista e como critério no rateio dos espaços utilizou o peso eleitoral como fator decisivo, dando a cada liderança o posto que supõe traduzir em votos. A maior contradição do bloco é que a chapa que se diz de oposição está preenchida por dois nomes que até pouco tempo davam sustentação incondicional ao governo do prefeito Lula Sampaio. Tanto Raimundo Pimentel quanto Leonardo Farias anteciparam as decisões dos seus futuros políticos e provocaram a oposição para ajustar este projeto que, alias, mostra-se como ponte apenas para a chegada no poder. Prova disso é o fato de que só os detentores do poder político ou financeiro foram consultados. Nenhuma liderança realmente popular pôde dar qualquer opinião no que diz respeito a elaboração do projeto, que se evidencia como propriedade de nomes limitados e não de Araripina. Do contrário teria havido pelo menos uma sondagem com quem realmente definirá a eleição: o povo araripinense.




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