terça-feira, 29 de novembro de 2011















29/11 terça-feira

Ouricuri no topo das estatísticas de mortes em acidentes com motos



Os dados apresentados nesta segunda (28) pelo Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco, durante o I Fórum de Mobilização para Prevenção dos Acidentes com esse tipo de veículo, constatam: “A moto está se interiorizando e substituindo a tração animal. E no interior há muitos condutores sem carteira de habilitação e sem qualificação. Há muitas estradas viscinais e ainda tem as cidades onde não se pode usar capacete por causa da questão da violência”, disse o coordenador executivo do Comitê, João Veiga. No ano passado, havia mais motos que carros em mais de 84% dos municípios pernambucanos.


Em 2010, a taxa de mortes por 100 mil habitantes na cidade foi de 50,8. Todas as dez primeiras posições do ranking de mortalidade por acidente de moto são ocupadas por municípios de pequeno porte. Os dez têm índices bem superiores ao do estado, que é de 6,8 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.


Quando se divide o estado em 11 conglomerados de cidades, as regionais do Recife e de Caruaru lideram o ranking de mortes por acidentes de moto, em números absolutos. Foram 131 e 130, respectivamente, em 2010. Mas é a regional de Ouricuri, no Sertão, que ocupa o topo da estatística quando se relaciona o número de mortes com a população. Não à toa, a partir de janeiro o Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto será levado até o interior.


Na tentativa de criar políticas personalizadas, haverá um comitê em cada uma das regionais. E a primeira tarefa de cada uma será a de identificar as cidades mais críticas e apoiar a municipalização do trânsito. Só há 26 municípios com trânsito municipalizado em Pernambuco. Mas em apenas 10, aproximadamente, a municipalização funciona.


Mas enquanto algumas cidades pequenas chamam atenção negativamente, São José do Egito dá o bom exemplo. Ontem, o município, que tem 32 mil habitantes, comemorou 285 dias sem mortes no trânsito. Foram 12 óbitos em 2009. Após a implantação de ações educativas, o número foi reduzido para cinco, no ano seguinte.


Com o incremento na fiscalização (são 16 agentes), a quantidade de mortes caiu para uma, em 2011. O esforço é medido em vidas salvas e em dinheiro economizado. Até o começo do ano, quando a cidade tinha, em média, 15 acidentes de trânsito por mês, R$ 70 mil eram gastos em atendimento hospitalar. Hoje são R$ 27,8 mil. (Com informações do Diário de Pernambuco)


Dados Relevantes:


- Os Acidentes provocados por veículos de transporte foram responsáveis por 1.879 óbitos, em 2010, o que representa 25,5% das mortes por causas externas (suicídio, homicídio, outros acidentes) em Pernambuco.


- De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Tráfego, a cada óbito provocado por acidente de moto, 5 pacientes são internados em estado grave em um hospital de alta complexidade.


- Já segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um paciente vítima de acidente de moto custa, em média, R$ 152 mil aos cofres públicos, só na rede hospitalar. Já o custo social de cada um desses pacientes é de, em média, R$ 952 mil aos cofres públicos, o que envolve atendimento pré-hospitalar, hospital, licença, aposentadoria, entre outros.



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