"Frentão": novos personagens de uma velha oligarquia
Na calada da noite. Foi esse o momento escolhido por pessoas da oposição de Araripina para divagar sobre a conjectura política do ano vindouro. Argumentaram, através de blogs, que o encontro (onde estiveram presentes não mais de 15 pessoas), serviu para "discutir o futuro de Araripina". Ao ler essa explicação, só podemos constatar que pensam que o nosso povo tem dono. Que Araripina tem voto de cabresto, onde um manda e todos votam. Infelizmente - para os que ali estavam - já passamos desse tempo. Araripina vive a plena consolidação de sua democracia. Não será em mansões, às escuras, formada apenas por homens que compõe a burguesia local, sem sequer um representante verdadeiramente popular, que o 'futuro de Araripina será discutido'. Esse debate tem que ser realizado com as luzes acesas e com as portas abertas. Todo mundo tem que ter voz quando o assunto em questão é Araripina. E isso acontece todos os dias, a todo momento, nos locais públicos e por todas as camadas da população. O que falta a esses senhores seja, talvez, frequentar as praças e recantos mais populares do nosso município. Atitude essa que Lula Sampaio nunca ignorou, pois sua relação com o povo e as causas populares é maior do que qualquer cargo e campanha. Acontece que o verdadeiro teor da reunião não foi esse. O objetivo foi tentar alinhar gregos e alagoanos. O senso de realidade dos senhores foi despertado. Viram que Lula Sampaio está forte, e o mais preocupante (para eles): vem numa crescente que parece não ter fim. Então era preciso fazer alguma coisa. Bringel fez: tirar as pessoas que vão a sua porta em busca de ajuda e colocar na porta de Walmyr Filho de Dionéia. Bringel não abriu mão de sua candidatura nem quando seu então aliado, o ex-prefeito Valdeir Batista, tinha o natural direito de disputar a reeleição. Iria abrir agora, no momento em que faz oposição? Há quem também creia em Papai Noel. Que o 'frentão' vai ficar pra trás é questão de tempo. Resta saber se Raimundo Pimentel aceitará - mesmo que momentaneamente - flertar com esse grupo, se tornando liderado de Alexandre Arraes. É o risco de querer colocar pensamentos e pessoas diferentes na mesma embarcação: ou o barco naufraga, por excesso de peso, ou ele não sai do porto, por falta de remador.
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